Estratégia: a difícil “arte” de saber dizer mais “nãos” do que “sims”

Em todos os treinamentos, aulas, workshops e aulas e MBA que lideramos na Paixão por Vendas, eu sempre falo que a estratégia é muito mais dura do que pode parecer.

Pego aqui como exemplo esta empresa realmente espetacular e mágica que é a Disney, que como você já deve saber eu sou um super “fã” (e investidor também).

A Disney em sua divisão de Parques acaba de divulgar excelentes resultados do seu 1º Semestre de 2022. Tanto as receitas quanto os lucros subiram de forma muito significativa, ainda que o número de “convidados” nos parques ainda não tenha sequer atingido os níveis pré-pandêmicos.

E sabe como estes resultados foram atingidos? Com decisões realmente duras e que refletem o quanto é complexo ter a disciplina e a coragem de encarar a estratégia como um jogo equilibrado entre “nãos” e “sims”.

Vou aqui me ater a duas decisões realmente importantes da The Walt Disney Company.

A 1ª delas foi a de subir muito significativamente o valor dos ingressos dos parques, o que resulta em um número menor de “convidados”.

A 2ª delas: ano passado, a Disney decidiu também descontinuar o seu reconhecido e valioso “Fast Pass”, que permitia que os convidados escolhessem de forma gratuita e através de um aplicativo as atrações que mais lhes atraiam e entrassem nelas sem enfrentar as tão abomináveis filas. Logo na sequência, eles lançaram o serviço “Genie+”, que substitui o “Fast Pass” e que tem um custo de USD 15 por convidado e por dia.

2 decisões realmente difíceis: aumentar o preço dos ingressos e substituir um serviço “free” por outro pago e ainda tendo a preocupação que isso não afete negativamente as experiências vividas pelos seus milhões de convidados anuais.

No entanto, 2 decisões importantes e cruciais em torno da busca do equilíbrio entre o encantamento e a rentabilidade, pois você há de concordar comigo que de nada adianta encantar nossos “convidados” sem que isso reflita em melhoria na rentabilidade das nossas empresas.

Eis a dureza da estratégia e a sua íntima conexão com a dureza da liderança que tem que tomar todos os dias decisões por vezes drásticas, porém necessárias.

Faz sentido?

José Ricardo Noronha | www.paixaoporvendas.com.br

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