Tenho tido a incrível oportunidade de aprender e compartilhar conhecimentos com algumas das maiores e mais admiradas empresas do Brasil e do mundo em minhas andanças por este país ainda repleto de grandes oportunidades a despeito dos inúmeros desafios e do pífio apoio governamental em áreas de fundamental importância como a Tributária que asfixia sem nada dar em troca, a de Infraestrutura que é uma clara limitadora para um crescimento maior e mais sustentável e a de Educação que infelizmente continua historicamente relegada a segundo plano.
No entanto, estes fatores limitadores se aplicam a todos os mercados o que força as empresas a buscarem investir de forma mais inteligente e estruturada em ações internas que as permitam buscar a tão necessária diferenciação em um mercado cada vez mais competitivo e exigente.
E é aí que entra a Educação Corporativa e seu comprovado poder de transformação de empresas e profissionais. A prestigiada Revista Exame em sua Edição 1069 de Julho de 2014 traz uma reportagem muito interessante chamada “Mimos para os 99%”, onde compartilha e brinda os leitores com as estratégias que grandes empresas como Starbucks, Gap e Ikea tem utilizado para incrementar a produtividade de vendas e a satisfação e lealdade de seus profissionais.
Nos Estados Unidos houve um crescimento bastante expressivo de 15% nos investimentos em educação corporativa, que passaram de US$ 61 bilhões em 2012 para US$ 70 bilhões em 2013. Este crescimento se justifica em cima de estatísticas que comprovam que quando uma empresa aumenta 1 ponto percentual a fatia de funcionários treinados, há ganhos adicionais de produtividade (0,6%) e de salário (0,3%). Ou seja, empresas que investem mais em treinamento, vendem mais e incrementam os ganhos dos seus profissionais.
Além disso, o investimento contínuo em Educação Corporativa incrementa também de forma bastante signicativa e mensurável os tão fundamentais índices de satisfação, motivação e lealdade de seus profissionais, que como contrapartida ao investimento realizado neles produzem muito mais e se sentem muito mais “pertencentes” àquela empresa. Aliás, inúmeros estudos comprovam a importância do “senso de pertencimento” para incrementar a produtividade, a motivação e a lealdade dos profissionais reduzindo assim o tão temido “turnover” que aumenta enormemente os custos de contratação e treinamento e que traz impactos negativos à construção de uma força de trabalho coesa e de uma cultura vencedora, onde profissionais leais e fiéis à empresa são as “peças” mais do que cruciais.
Além disso tudo, o maior investimento em Educação Corporativa auxilia e muito as empresas a incrementarem seus índices de reputação e credibilidade junto ao mercado, o que é bom para todos. É bom para os investidores que veem seus negócios prosperarem. É bom para os profissionais já dentro de casa que sentem cada vez mais valorizados e importantes. E é bom para a empresa como um todo, que incrementa o seu magnetismo ao atrair os melhores e mais talentosos profissionais e talentos.
Sou desde sempre defensor ferrenho da ideia de que a Educação é a mola propulsora de transformação dos países, das empresas e dos profissionais. No mundo de aceleradas mudanças em que vivemos nunca foi tão importante quanto agora nos mantermos atualizados com o que existe de mais moderno, testado e prático em conhecimentos e técnicas em nossas respectivas áreas. Por isso mesmo, é tão importante investir de forma vigorosa na educação, treinamento e capacitação dos seus profissionais para que eles consigam demonstrar ao mercado o quão diferenciados são e o quão diferenciada é a sua empresa, seus produtos e serviços e sua cultura vencedora.
E se ficar a dúvida sobre investir ou não em seus funcionários, reflita sobre esta conversa entre o CFO (Diretor Financeiro) e o CEO (Presidente):
Pergunta do CFO: O que acontece se investirmos no desenvolvimento dos nossos profissionais e, em seguida, eles nos deixarem?
Resposta do CEO: E o que acontece se não fizermos isso, e eles ficarem?
Abraços!
José Ricardo Noronha | www.paixaoporvendas.com.br