Ao longo das últimas semanas e meses tenho refletido muito mesmo sobre quais foram os grandes aprendizados até cruzar a linha dos 50 anos e sobre os próximos passos, desafios, projetos e principalmente sonhos.
Se alguém me perguntar se eu imaginava de verdade que iria chegar tão longe (marido de uma esposa linda por dentro e por fora, pai de 2 mulheres incríveis, alto executivo de multinacional, professor premiado etc) eu direi claramente que não. No entanto, se alguém me perguntar se eu me preparei para isso, eu direi também com muito entusiasmo que sim, me preparei, me preparo e vou continuar a me preparar para brilhar sempre e cada vez mais. Um tanto quanto paradoxal, não é mesmo? 😊
Nestas reflexões eu percebi que tenho errado e por vezes até me frustrado bastante!
Quer um exemplo? Em 3 dos mais importantes encontros em mercados que a Paixão por Vendas atua com muita força (Conarh no envolvente mundo dos Recursos Humanos, Agrishow no fascinante mundo do Agro e ATD no mundo da minha maior paixão que é o treinamento corporativo), este ano eu não consegui pisar um dia sequer nos dois primeiros e também não conseguirei viajar à sempre mágica Orlando para aprender e afiar ainda mais os machados na ATD.
E o porquê disso? Ora, por causa de uma agenda abençoada por Deus que me faz estar em sala de aula ou em gravações em uma média sempre próxima de 20 dias úteis mensais.
Se de um lado o sucesso nos negócios me faz vibrar e ser grato a tantas empresas globais e nacionais e alguns dos mais importantes players nacionais da Educação Executiva que têm confiado em mim e na Paixão por Vendas, do outro eu sinto triste por falhar tão pesadamente e não poder sequer estar presente em eventos tão cruciais para a nossa capacidade em nos manter conectados às mais eficazes e melhores práticas nos principais mercados que servimos.
A história que pode parecer até uma autopromoção tem razão de existir e conexão umbilical com o que quero lhe propor a refletir hoje.
Por favor pare, pense, reflita, respire profundamente e me diga: “Quantas não têm sido as vezes que você se sente frustrado/a por não conseguir fazer tudo o que gostaria de fazer?”
E eu abelhudão que sou, me proponho a imaginar a sua resposta:
“Ah, Zé, muitas são as vezes. Quantas inclusive não têm sido as vezes que tenho me culpado por não dar mais tempo aos meus filhos e às pessoas que mais amo, que tenho postergado planos e sonhos diante da minha pesada rotina cotidiana, que tenho adiado aquelas férias e por aí vai.”
E agora eu quero te trazer mais uma necessária provocação:
Se você não tem conseguido fazer tudo o que gostaria de fazer em virtude de estar excessivamente focado/a em outras coisas que também lhe são super prazerosas, ao invés de se entristecer e se frustrar diante de tantas “falhas”, será que não seria mais prudente agradecer diariamente a Deus ou ao Universo (talvez aos dois)?
Nos meus momentos mais duros onde fico triste por não poder, por exemplo, estar presente em mais de um lugar ao mesmo tempo eu me ponho a refletir:
“Peraí Zé! Você não tem conseguido fazer um monte de coisa bacana, pois você já está com sua agenda lotada de outras coisas super bacanas também! Se toca brother, dobre seus joelhos e agradeça a Deus por tudo isso!”.
Mas Zé! Hoje eu me sinto duplamente frustrado/a por estar trabalhando demais em algo que não vejo tanto sentido e que tem obstruído de fazer outras tantas coisas legais que gostaria de fazer. E aí?
Daí eu te recomendo fortemente que pare, pense e reflita ainda mais profundamente se não é hora de tomar decisões – por vezes drásticas – de dar um novo rumo à sua jornada, pois se há algo que todos podemos concordar é que uma das poucas certezas que temos é a de que temos apenas uma vida e que é preciso vivê-la com absoluta intensidade.
Intensidade tamanha onde, por vezes, vamos nos sentir frustrados pelas falhas cometidas e que mesmo assim vamos nos sentir super bem!
Faz sentido?
José Ricardo Noronha | www.paixaoporvendas.com.br
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