No mundo cada vez mais complexo e competitivo das vendas consultivas de alta performance não basta mais apenas persuadir e influenciar diferentes stakeholders. É preciso também saber posicionar os benefícios, características e atributos dos produtos, serviços e soluções que temos em nossas empresas.
Tão ou até mais importante que tudo isso é se preparar bem para negociar. E neste cenário desafiador, as conversas com nossos clientes e futuros parceiros têm se tornado cada vez mais difíceis. Muito em virtude da acelerada comoditização que aflige empresas de todos os portes e setores e também do nosso baixo domínio em torno das mais eficazes técnicas de negociação durante as vendas consultivas.
Para te ajudar nesta tão crucial tarefa e que tanto impacta o seu sucesso cotidiano em suas negociações, eu selecionei um dos eixos centrais deste fascinante livro que se chama “Difficult Conversations”. Publicado pela Penguin Books, a obra foi escrita por alguns dos mais renomados professores do Projeto de Negociação de Harvard. Foi lá inclusive, onde fiz minha especialização em Negociação. O livro faz parte das minhas mais fortes recomendações de leitura no meu Treinamento de Negociação Avançada.
Este eixo central é o da “metodologia das 3 conversas” que eu me aventuro a resumi-los logo abaixo. A ideia é compartilhar com você dicas preciosas para transformar cada um deles em elementos práticos para aumentar sensivelmente a sua performance em suas negociações.
1. A conversa “o que aconteceu”: geralmente é aqui que concentramos a maior parte do tempo: nas conversas mais difíceis. Ao direcionar nossos esforços e energia sobre quem está certo, errado ou quem deve ser culpado, por isso ou por aquilo. Quando fazemos isso, deixamos de lado a tão necessária busca da construção de uma negociação que seja de fato razoavelmente satisfatória a todas as partes. Isso acontece muito em virtude de bloquearmos nossa capacidade criativa que é negativamente impactada pela nossa emoção. Portanto, busque o quanto puder manter o controle emocional ao “ser duro com o problema e leve com a pessoa”.
Como fazer isso hein, Zé? Busque criar um ambiente de contribuição que lhe permita em conjunto com as outras partes entender a real causa do problema. Procure trabalhar para corrigir o que não está certo e para construir uma negociação que gere benefícios mútuos. Sei que isso parece ser muito fácil na teoria e muito difícil na prática. E verdadeiramente o é. No entanto, é aqui que está um dos maiores e mais importantes segredos dos grandes negociadores.
2. A conversa sobre “sentimentos”: busque sempre entender melhor os seus sentimentos. Faça o que lhe for possível para bem entender os sentimentos da outra parte. Isso te ajudará enormemente a criar uma comunicação ainda mais empática e consequentemente com muito menos atrito. Uma vez mais o controle emocional se faz tão necessário até para que você se coloque de fato no lugar do outro. Entendendo assim quais são os reais interesses escondidos por trás das posições mais aparentes naquela negociação de maior dificuldade.
Como fazer isso hein, Zé? Ao desenvolver uma das mais valiosas, raras e fundamentais competências dos grandes negociadores: ouvir com empatia para bem capturar as posições, interesses e desejos das outras partes. (Vale a dica adicional de leitura do best-seller “Os 7 hábitos das pessoas altamente eficazes” do mestre Stephen Covey).
Aliás, ao ouvir com empatia, você ganhará um elemento extra para suas negociações mais difíceis em vendas consultivas: a capacidade mais aguçada de adotar uma postura muito mais de “solucionadores de problemas” ao invés de partes que se enxergam como “combatentes” em uma mesa de negociação ou em uma “guerra”.
3. A conversa sobre a “identidade”. Esta é conversa mais importante de todas, pois é a aquela que mantemos conosco mesmos acerca das negociações mais difíceis do nosso cotidiano. Lembre-se sempre do nível de complexidade que se passa em sua cabeça em torno de todos os pontos daquela negociação. O mesmo acontecerá de forma igual ou com similar proporção nas cabeças das outras pessoas que participam de cada negociação específica, com especial ênfase àquelas mais difíceis.
Portanto, ao invés de tentar controlar as respostas das outras pessoas, prepare-se bem para as suas próprias reações. Esteja pronto para as mais diversas possibilidades que podem acontecer. E busque acima de tudo trabalhar o tempo todo à procura do pleno entendimento. Este que é a melhor e mais efetiva forma de se construir uma negociação bem-sucedida: através da negociação colaborativa.
Como fazer isso hein, Zé? Pare de pensar somente em você e em sua empresa. Coloque-se o quanto puder do lado do outro. Busque entender que muito além da sua própria perspectiva e da perspectiva da outra parte em uma negociação existe claramente uma terceira perspectiva: aquela que envolve os interesses de todas as partes.
Vamos exemplificar esta chamada terceira perspectiva ou “terceira história”. Na crescente briga entre os ciclistas e os motoristas nas cidades grandes, a terceira história seria a dos urbanistas. Estes profissionais buscam entender os interesses e preocupações de todas as partes para construir algo que seja melhor para todos. Ou seja, pense sempre como um grande mediador que entende bem os interesses, preocupações e frustrações de todas as partes. A partir desta visão mais amplificada é possível construir uma negociação que seja boa para todos.
Espero que todas as dicas acima lhe sejam de grande valia em todas as suas negociações e especialmente naquelas de maior complexidade. Além de ajudar no momento das vendas consultivas. E não nos esqueçamos nunca do precioso ensinamento do genial Benjamin Franklin: “A falha na preparação é a preparação para a falha”.
Tenho certeza que ao final do dia todas as dicas acima só terão eficácia no seu dia a dia se você realmente dedicar um tempo de qualidade para se preparar bem para cada uma das suas mais importantes negociações.
Conte sempre comigo para te ajudar em tudo!
Obrigado pelo carinho e confiança de sempre!
Abraços do amigo vendedor e negociador.
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