Antes de seguir adiante com esta rápida crônica, preciso reiterar a minha paixão e amor pelo tricolor paulista, o São Paulo Futebol Clube.
Meu time, como já é devidamente sabido por todos, atravessa uma grave crise que se acentua ano a ano com o jejum de títulos que tanto entristece a torcida e que do ponto de vista de marketing só serve para afastar a conquista de novos e jovens torcedores (o que tem impacto direto na sustentação econômico financeira do clube no médio e longo prazos).
Vamos à uma rápida leitura dos sórdidos bastidores que têm imperado no Morumbi: no campo político o que vimos no São Paulo Futebol Clube em muito se assemelha aos escândalos em profusão que convivemos quase que diariamente e que nos deixam absolutamente atordoados diante de tanta sujeira e tamanha corrupção.
Vamos aos fatos (igualmente sujos e questionáveis sob todos os aspectos):
Fato 1: Ex presidente que outorgava (absolutamente nas sombras) à sua namorada negociações com potenciais patrocinadores do clube e até em discussões de compra e venda de atletas profissionais.
Fato 2: Este mesmo clube criou todos os empecilhos possíveis para dificultar os trabalhos de auditoria que foram bancados por um ilustre e conhecido torcedor que é mega empresário do setor de varejo.
Enfim, estes são apenas alguns dos fatos que têm acontecido no meu time de coração e que tanto me fazem lembrar que o cenário dantesco que vemos na política nacional em muito (ou em quase tudo) se reflete na forma com que muitas empresas e neste caso clubes têm cuidado da sua gestão.
E agora o que vem a seguir é o que causa ainda mais espanto! Mesmo diante de tanta sujeira e do incômodo jejum de um time incrivelmente vitorioso em terras nacionais e internacionais, o que é que acontece ao final do dia?
Ora, exatamente como temos visto em nosso querido País, os mesmos personagens de sempre a despeito de terem conseguido bons resultados retornam gloriosos ao Poder e são reeleitos. Hipocrisia absoluta, não é mesmo?
E quem perde com isso? No futebol, os torcedores. E no País, todos nós cidadãos!
A boa política deve sempre privilegiar os interesses dos outros e o absoluto respeito à coisa pública e à coisa privada.
E a boa gestão, por sua vez, deve sempre privilegiar a construção de empresas e neste caso clubes que se destaquem pelas suas boas práticas de governança, pelo respeito absoluto às suas crenças, valores e princípios e pelo cuidado genuíno com seus clientes e torcedores.
O Brasil, o São Paulo Futebol Clube e de uma forma geral muitos clubes profissionais e centenas de empresas precisam urgentemente de uma profunda revisão de seus princípios, valores e práticas de gestão.
Se isso não acontecer, o País, o meu querido Tricolor e muitas empresas podem continuar do jeitão que estão: sem rumo, sem perspectivas e sem esperanças!!
Ficarei muito feliz mesmo em ouvir seus comentários.
Abraços!